Não quero parecer que isso aqui vire um painel de reclamações. Mas o sistema de transporte é uma coisa que não funciona na Olimpíada. Outro dia, saí do Main Press Center (o centro de imprensa, onde a mídia escrita centraliza seus trabalhos) por volta das 2h20 da madrugada.
Afora uma chuva torrencial, quando cheguei ao ponto de ônibus com destino ao North Star Media Village, onde estamos hospedados, havia uma filha que cruzava os dois pontos seguintes. Alguns poucos estavam de guarda-chuva. A maioria, após uma longa jornada de trabalho e carregando pesadas bolsas, se protegia como podia.
Pois bem, o ônibus das 2h30 não passou. E não era por falta de veículos. Havia ao menos uns 20 estacionados logo atrás dos pontos. Mas, onde a burocracia grassa, não se poderia deslocar um ônibus que já não iria levar ninguém até o vôlei de praia ou ao beisebol, por exemplo, para realocar os jornalistas, Às 2h45 chegaram dois ônibus, logo tomados. Não consegui entrar no segundo, que fechou as portas pouco antes de chegar perto dela. Peguei o ônibus das 3h. Também lotado, mas ao menos consegui sentar.
Não dá para se programar pelos horários fornecidos pela organização. Outro dia peguei o ônibus para o ginásio Capital, onde acontecem as partidas de vôlei, acreditando que fosse chegar a tempo de assistir Brasil x Sérvia desde o início. Afinal, no guia de transporte dizia que o percurso levaria apenas 25 minutos. Gastamos mais de 40. Para o vôlei de praia, o guia diz que levaríamos 27. Nunca fiz o trajeto em menos de 35 (normalmente muito mais do que isso). Da Media Village para o MPC o guia instrui que levam 15 minutos. Normalmente leva meia hora.
A via exclusiva é quase desnecessária, já que os ônibus andam numa lentidão desesperadora. Acontece de pegarmos congestionamento na via ao lado e nosso ônibus, com a pista livre, andarem na mesma velocidade do que os carros quase parados.
Não dá para se programar pelos horários fornecidos pela organização. Outro dia peguei o ônibus para o ginásio Capital, onde acontecem as partidas de vôlei, acreditando que fosse chegar a tempo de assistir Brasil x Sérvia desde o início. Afinal, no guia de transporte dizia que o percurso levaria apenas 25 minutos. Gastamos mais de 40. Para o vôlei de praia, o guia diz que levaríamos 27. Nunca fiz o trajeto em menos de 35 (normalmente muito mais do que isso). Da Media Village para o MPC o guia instrui que levam 15 minutos. Normalmente leva meia hora.
A via exclusiva é quase desnecessária, já que os ônibus andam numa lentidão desesperadora. Acontece de pegarmos congestionamento na via ao lado e nosso ônibus, com a pista livre, andarem na mesma velocidade do que os carros quase parados.
Ranhetice? Nem tanto. Na Olimpíada, cinco minutos é um tempo preciosíssimo. Pode ser a diferença entre conseguir fazer uma baldeação do MPC para algum ginásio ou ter que esperar mais meia hora pelo ônibus seguinte.
Durante os Jogos, chegamos a cobrir quatro eventos no mesmo dia. E meia hora a menos no busão, pode significar um lanchinho rápido ou ter que esperar até as 2h para jantar, sem ter almoçado. Os horários são irregulares e comemos, e até conseguimos ir ao banheiro, realmente quando dá tempo, entre um evento e outro.
Nada disso tira a empolgação por cobrir uma Olimpíada, e correr alucinadamente entre uma arena de tênis de mesa, abarrotada de chininhas ensandecidos, para a quadra de vôlei de praia, que lembra as arenas de Copacabana, dali para o treino do atletismo, na porta do túnel de acesso à pista do belo Ninho de Pássaro. O sono e a fome podem esperar, né?
2 comentários:
Ive read this topic for some blogs. But I think this is more informative.
Nice blog. Thats all.
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