Mas apesar de ter podido ficar atrás das arquibancadas na cerimônia da bandeira do Reino Unido, um dia antes, fui impedido de ter acesso sequer próximo ao local de execução do hino russo.

Sem conseguir combinar nada antes da cerimônia, me resigno a esperar. Acabado o hasteamento da bandeira do time que deve ocupar o terceiro posto no quadro de medalhas aqui, me dirijo à entrada da praça das Bandeiras. Sou novamente impedido. Tenho que esperar os caras saírem de lá.
O problema é que a cartolagem ainda é convidada a entrar em um toldo para um coquetel de confaternização com os chineses. É, no caso do Reino Unido também não houve nada disso.
Adivinha se pude entrar? Pois é, após mais uma vez ter meu trabalho limitado pelos voluntários, não agüento e solto um básico: "Mas na Olimpíada de Sydney não foi assim [disse isso por puro palpite, não estava lá]. Em Atenas também não [nesta eu estava, e podíamos assistir à cerimônia de bandeira sentados com a delegação, algo inimaginável por aqui].
"São razões de segurança", justificou a voluntária, certamente me olhando como um potencial separatista georgiano pronto para agir contra a Rússia.
Essa foi demais retruquei que em Atenas já tinha havido o 11 de setembro, e nem por isso havia aquela palhaçada toda.
"Provavelmente aqui é assim porque essa será a maior Olimpíada de todos os tempos", justificou a chinesinha com seus discursos nacionalistas grandiloqüentes.
"Acho que provavelmente é porque seu país é o mais problemático de todos os tempos", retruquei, deixando a voluntária com cara de tacho.
Felizmente, consegui falar com o Vladimir Vasin, chefe de missão, pouco depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário