quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Já raiou um novo dia...

O Carnaval já passou, mas nunca é demais lembrar de algumas macaquices de que nos orgulhamos. Acho que essa foi em 1998. Era nosso primeiro Carnaval na gloriosa R. Bernardo Wrona, Bairro do Limão, sede do Lance!, recém-nascido.

Certo dia, algum repórter do Rio nos enviou um e-mail com o samba-enredo daquele ano do bloco dos jornalistas, tradicional por lá. Inspirados na iniciativa carioca, resolvemos fazer um samba-enredo para homenagear as gloriosas tradições daquela redação aberta recentemente e as belezas do Bairro do Limão (poucas!).

A letra é do André Amaral (hoje editando o Globoesporte.com, no Rio), do Mateus Silva Alves (virou uma espécie de repórter especial no Diário de S.Paulo) e do autor dessas bem traçadas linhas de computador.

Se os versos não chegaram assim, a empolgar a redação, ao menos me lembro que certa vez a ensinei a amigos de fora do jornal e que descemos a serra de carro até o litoral norte batucando animadamente esses refrões.

Então, para imortalizar tal pérola dos saudosos tempos do Limão (que ninguém tem muita saudade, é vero), vai abaixo...

Já raiou um novo dia
Na eternidade de um novo alvorecer
O Limão está em festa
Mostrando toda a sua energia

A galera se deu mal lá na redação
Agora toda sexta é dia de pescoção [Bis]

E o índio?
O índio já festejava na tribo
O negro sofreu tanto na senzala
Sua alegria era o Carnaval
Eu vou à Bahia saudar meus orixás
E a baiana que não pára de sambar

O Lance! arrebenta neste Carnaval
E título e legenda não tem ponto no final [Bis]

[Cabe umas explicaçõezinhas aqui: certa coleguinha de Lance! me questinou a presença do negro e do índio na canção. A razão é simples. Você já viu alguma letra de samba-enredo sem que rolem o negro e o índio?

Já a frase que encerra a música era martelada, repetidas vezes, pelo Leão Serva, primeiro diretor de redação do jornal, para que não errássemos as padronizações]

O que realmente dá leitura


Certa vez um colega de redação, setorista de tênis, descobriu que a Vanessa Schutz, ex-namorada do então tenista Gustavo Kuerten, posaria nua para a Playboy. Guga, por sua vez, estava disputando o Torneio de Roland Garros. E, se não me engano, meu coleguinha descobriu, após inúmeros cálculos complicados, que seu segundo serviço estava muito mais eficiente.

Adivinha qual foi o abre de página no jornal? E qual foi a notícia ignorada? E eu me pergunto: Para o bem ou para o mal, qual é o texto que traria maior grau de interesse entre o leitorado?

Como adoro antecipar quando alguma personalidade do mundo esportivo resolve revelar sua boa forma, mando o release, que recebi hoje, de uma nova musa do esporte (que confesso ignorava a existência até então)...

Laisa Andrioli, 20, jogadora do time de futebol do Internacional, de Porto Alegre, será a capa da revista Sexy de março (mês das mulheres e de meu aniversário!).

Segundo a assessoria de imprensa da craque, a gaúcha de Santo Antônio da Patrulha foi descoberta no concurso Musa do futebol feminino Ga.Ma Italy (assim mesmo), quando disputada o Paulistão de 2007.

A jogadora também chamou a atenção quando defendeu as cores do Colorado gaúcho durante a Copa Brasil de 2007. Laisa joga futebol desde os 13 anos, por influência do pai, que atuou na seleção brasileira sub-20 (fiquei curioso de saber quem é o pai da beldade).

O release esclarece que, "neste ensaio, Laisa põe a toda prova a sensualidade de uma jogadora de futebol, e mostra o quanto ela é o orgulho do futebol feminino".

A garota foi clicada por André Passos, e o tema do ensaio é o futebol. Esse ensaio, segundo o release, de novo, "reacende a polêmica das atletas que decidem exibir seus belos corpos nas páginas das revistas masculinas". Quem quiser, pode conferir a partir do dia 3.

No reino da bizarrice geográfica

Dia desses, o programa de qualidade da Folha alertou que a capital da Flórida é Tallahassee. Sim, não é Miami (como pensava até outro dia), nem Orlando.

Minha descoberta dessa bizarrice geográfica ocorreu há uns quatro meses, na mesa de um boteco na prainha da Paulista. Estava com um casal de amigos da história e o Jeffrey Lesser, brasilianista em viagem pelo país.

Ele comentou que recebera algum convite de uma universidade de Tallahassee. Diante de nossa confessa ignorância, esclareceu que era a capital da Flórida. Diante disso, citou outros Estados norte-americanos cujas sedes administrativas são cidadecas obscuras e não metrópoles conhecidas no mundo todo.

Deve ser bastante complicado para o garoto norte-americano lembrar que a capital do Illinois é Springfield e não Chicago ou que a da Califórnia é Sacramento e não Los Angeles ou San Francisco. Seguramente é por causa disso que, volta e meia, algum chefe de Estado dos EUA comete uma gafe geográfica em viagem oficial pelo mundo.

Não bastasse essa falta de lógica (algo que não existe na lista de Estados e capitais do Brasil), os alunos norte-americanos são obrigados a decorar capitais de 50 Estados (são cem nomes no total!). Deve ser bem mais complicado do que a dificuldade que enfrentei para saber de cabeça os afluentes do Amazonas (alguém ainda decora isso na escola?): Javari, Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu (direita) e Içá, Japurá, Negro, Trombetas, Paru e Jari (esquerda). Não, não me lembrei de tal trauma de infância. Dei um google mesmo.

E abaixo, por curiosidade, vai uma relação dos Estados e capitais da gringolândia, para o conhecimento de todos e evitar futuros erramos:

Estado - Capital
Alabama - Montgomery (esqueça Birmingham)
Alasca - Juneau (não é Anchorage)
Arizona - Phoenix (ufs, alguém tem lógica)
Arkansas - Little Rock
Califórnia - Sacramento (Los Angeles, San Francisco, San Diego, nenhuma delas)
Carolina do Norte - Raleigh (um centro financeiro dos EUA, Charlotte, ficou de lado)
Carolina do Sul - Columbia (Charleston se contenta com o torneio de tênis)
Colorado - Denver (outro Estado dentro da lógica)
Connecticut - Hartford
Dakota do Norte - Bismarck (Fargo é outra que deve sua fama aos irmãos Coen)
Dakota do Sul - Pierre
Delaware - Dover (não é Wimington)
Flórida - Tallahassee (Miami e Orlando? tá errado)
Geórgia - Atlanta
Havaí - Honolulu
Idaho - Boise
Illinois - Springfield (Chicago é só pegadinha...)
Indiana - Indianápolis
Iowa - Des Moines
Kansas - Topeka (Kansas City é só cenário pros irmãos Coen)
Kentucky - Frankfort (não é Louisville, imortalizada pelo Kentucky Fried Chicken)
Louisiana - Baton Rouge (Nova Orleans, a capital do jazz, não é de seu Estado)
Maine - Augusta
Maryland - Annapolis (pois é, a cidadezinha "goiana" desbancou Baltimore)
Massachusetts - Boston (ufs, a gringolândia não está totalmente perdida)
Michigan - Lansing (Detroit é só capital do automóvel)
Minnesota - St. Paul (Minneápolis foi esquecida)
Mississippi - Jackson
Missouri - Jefferson City(St. Louis sediou até Olimpíada, mas não é capital)
Montana - Helena
Nebraska - Lincoln (Omaha, nome indígena, ficou pra trás)
Nevada - Carson City (grande perda não ser Las Vegas)
New Hampshire - Concord
Nova Jersey - Trenton (Newark é só cidade da região metropolitana de Nova York)
Novo Mexico - Santa Fé (não é Albuquerque)
Nova York - Albany (Nova York, capital do mundo, não é de seu Estado)
Ohio - Columbus (Cleveland se contenta com o vice da NBA)
Oklahoma - Oklahoma City
Oregon - Salem (Portland é só sede da Nike, e essa Salem não é a terra das famosas bruxas)
Pensilvânia - Harrisburg (Filadélfia é "só" a cidade mãe da pátria)
Rhode Island - Providence
Tennessee - Nashville (Memphis se orgulha só de Elvis Presley)
Texas - Austin (não é Houston, Dallas, San Antonio ou Fort Worth)
Utah - Salt Lake City (os mórmons têm sua lógica)
Vermont - Montpelier
Virgínia - Richmond
Virginia Ocidental - Charleston
Washington - Olympia (Seattle, centro da aviação dos EUA, foi esquecido)
Wisconsin - Madison (pelo menos Milwaukee é mais difícil de escrever)
Wyoming - Cheyenne

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Por trás da máscara

Nem tudo as pessoas levam na brincadeira. Que o dica o meia André Gumprecht, do Central Coast Mariners, que disputa o Australiano. O alemão teve que pedir desculpas por haver participado de uma festa, no final da temporada 2007-2008 disfarçado de Hitler.

O Central Coast perdeu a final do Australiano para o Newcastle Jets por 1 a 0. O jogo foi disputado no Sydney Football Stadium.

Foi um grande erro e estou muito aborrecido. É muito triste e estou muito decepcionado comigo mesmo", afirmou Gumprecht.

O jogador ressaltou que sua decisão não tinha nada a ver com apoio ao nazismo. "Não foi devido a meu caráter, apenas uma herança de nosso país. Eu não sou simpatizante do nazismo", esclareceu.

Gumprecht, 33, apareceu nos festejos com um uniforme militar e um bigode similar ao que era usado pelo ditador alemão. A decisão de Gumprecht criou um grande mal-estar na comunidade judaica local.

"Hitler foi um monstro e para muita gente é sensível a esse problema", afirmou Ernie Friedlander, porta-voz do grupo comunitário judaico B’nai B’rith ao diário "The Australian".

Por sua parte, Allon Lee, porta-voz do Conselho Austrália-Israel de Assuntos Israelenses, afirmou que o disfarce foi claramente de "muito mal gosto".

"Gumprecht é um exemplo de esportista para as jovens gerações de nosso país e deveria considerar o impacto de sua ação", acrescentou Lee.

O chefe executico da Federação de Futebol da Austrália, Ben Buckley, disse que pedira explicação a Gumprecht, que dirige uma academia de futebol para crianças.

"Tal comportamento é estúpido, e não é tolerado pela Fifa", afirmou Buckley.

O jogador nasceu em Jena, na ex-Alemanha Oriental, e jogou na segunda divisão do futebol de seu país antes de ser contratado, em 2002, pelo Perth Glory, da Austrália.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Reciclagem esportiva

A tecnologia nunca esteve tão a serviço do esporte. Pesquisadores do Instituto Tecnológico de Ótica, Cor e Imagem (Aido, na sigla em espanhol), que faz parte do Parque Tecnológico de Valência, desenvolveram um sistema de visão artificial que permite recuperar, limpar e reutilizar cerca de 100 mil bolas extraviadas por mês pelos golfistas.

Quando as pelotas são recuperadas nas imediações dos campos de golfe, o primeiro passo é lavá-las e retirar de uso aquelas que estão em mal estado. As que sobram são reagrupadas para serem embaladas e postas à venda pela bagatela de 50% de seu preço comercial.

O golfe é um esporte em que é habitual a perda de bolas após alguns lançamentos. A nova iniciativa tem seu fundo ambiental. Muitas são recuperadas em locais de difícil acesso, entre os quais no fundo de lagos e copas de árvores. São todas recicladas pela empresa Bolex, da Andaluzia, que se dedica profissionalmente à recuperação e comercialização de pelotas abandonadas por seus donos.

O projeto foi desenvolvido pela Aido com financiamento da Junta da Andaluzia e, atualmente, dedica-se a exportar tal tecnologia aos Estados Unidos, já que esse sistema conseguiu classificar as bolas de golfe -pela primeira vez no planeta!- segundo suas marcas e modelos.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pequim não respeita nem o horóscopo

Já que falamos de carrapatos no post de baixo, vamos agora subir na cadeia evolutiva animal. Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Pequim (8 a 24 de agosto) estão empenhados é em limpar as arenas olímpicas da presença de roedores.

Os temíveis animaizinhos, que assim como seus amigos carrapatos também transmitem doenças, serão aniquilados com a pulverização de veneno em todas as sedes dos Jogos.

A campanha de desratização terá início em 26 de fevereiro, segundo Deng Xiaohong, porta-voz do escritório de saúde da Prefeitura de Pequim.

"Os ratos podem propagar enfermidades infecciosas como a peste bubônica e as febres hemorrágicas", advertiu Xiaohong, em entrevista a uma agência estatal.

As sedes olímpicas, de treinamentos e as regiões que as cercam em um raio de mil metros serão desratizadas.

O curioso é que o raticínio ocorre exatamente no início do ano do rato, comemorado semana passada em Pequim. O horóscopo chinês associa cada um dos 12 anos a um ciclo animal. Aliás, descobri outro dia, nos festejos do Ano Novo chinês, na praça da Liberdade, que meu sino-signo é o tigre.

Já o rato, coitadinho, é o primeiro signo do zodíaco local. Após ele vêm, pela ordem, boi, tigre, coelho, dragão (associado aos bons augúrios), serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cachorro e porco, comemorado em 2007, ano em que o meu Palmeiras não ganhou nada.

Legado do Pan

E quem disse que o Pan do Rio só gerou gastos milionários e arenas com vocação para elefantes brancos abandonados? Pode bater forte no peito que hoje a Sepan (Secretaria-Executiva do Comitê de Gestão do Pan 2007) soltou relaease noticiando fato que muito nos orgulha.

O controle de carrapatos realizado no Centro Nacional de Hipismo, na aprazível Vila Militar de Deodoro (zona oeste do Rio), já obteve reconhecimento internacional. A equipe responsável pela proeza, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), esteve neste mês em Moscou (Rússia) para participar do 10º Congresso da Associação Mundial de Veterinária Eqüina (WEVA na sigla em inglês).

Os brasileiros apresentaram os resultados bem-sucedidos no controle de três tipos de inseto: amblyomma cajennense (carrapato estrela); o anocentor nitens (carrapato das orelhas) e o boophilus microplus (carrapato-de-boi).

Para o Pan, a UFRRJ, com apoio do governo federal, tratou de 460 cavalos com substâncias carrapaticidas. Além da aplicação na cavalada, as drogas foram pulverizadas nos estábulos, cocheiras, baias e nos 6.500 m² de grama. Tudo isso em um total de exatas 11.040 aplicações e graças a uma bagatela de R$ 202 mil gastos pelo Ministério do Esporte. O trabalho foi iniciado em 2006, um ano antes do Pan.

O maior objetivo dos organizadores era que o público se contaminasse por doenças transmitidas -argh!- pelos carrapatos. Os bichinhos, como é sabido, são hematófagos. De acordo com especialistas que desenvolveram o estudo, o controle dos carrapatos permite um centro de competição com maior segurança para eventos internacionais.

O sucesso do carrapaticídio no local credenciou o país a abrigar as provas do Campeonato de Hipismo do Exército, entidade amiga do mundo eqüino (como já dizia um certo ex-presidente general, o cheiro do cavalo é preferível ao cheiro do povo). A empreitada garantiu o direito de Deodoro sediar, em 2011, os Jogos Mundiais Militares. Sem coceiras, por favor.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Roubo na neve

Os organizadores da Copa do Mundo de esqui de fundo, que será nesta semana, em Liberec, na República Tcheca, terão que lidar com questão espinhosa. É que eles foram acusado de haver roubado neve. Isso mesmo. Para garantir o evento, os organizadores teriam carregado ilegalmente neve de locais protegidos pela legislação.

Para evitar o cancelamento do campeonato, vários caminhões recolheram neve nos picos próximos a Liberece e, em alguns casos, fizeram sem autorização, em reservas ambientais protegidas pela legislação. O erro foi reconhecido por Zdenek Soudny, porta-voz dos organizadores, em entrevista à agência France Presse.

"Algunso operários invadiram zonas protegidas. Lamentamos o fato", disse Soudny.

No total foram necessárias 200 viagens para transportar cerca de 5.000 m3 de neve, segundo informou o dirigente. Outras fontes dizem que os carretos foram no mínimo o dobro e que foi surrupiada neve sem autorização inclusive em locais onde se esquia normalmente, em detrimento dos amadores.

A direção de reservas naturais das montanhas de Jizerska prevê multar os organizadores da Copa do Mundo em 2 milhões de coroas (cerca de 78 mil euros) pelos danos ambientais causados
pelos caminhões, afirmou um responsável pelas reservas florestais.

Liberece também será sede do Campeonato Mundial de esqui de fundo no ano que vem.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Paciência chinesa

A treinadora francesa Elisabeth Loisel não está acostumada à disciplina oriental. Pelo menos é isso o que dá para depreender de seu curto período à frente da seleção feminina de futebol da China. Segundo o "Diário da Juventude de Pequim", a técnica recebeu broncas públicas por seus constantes atrasos nos treinamentos.

O trabalho de Loisel tem sido muito criticada pela imprensa local. Não bastasse isso, ontem, no primeiro dia de concentração da equipe em Chongqing (sudoeste do país), depois dos feriados do Ano Novo chinês, a treinadora se aborreceu pelo fato de o ônibus da delegação não a ter esperado no hotel.

Depois de chegar ao campo de treinamento de táxi, Loisel teve uma discussão com o responsável pela delegação, Zhang Jianqiang, que reprovou seus frequentes atrasos.

"A equipe de futebol é uma coletividade. Todos os seus membros, incluído o treinador, não podem infringir as regras. Ela tem chegado atrasada em várias ocasiões, e o ônibus partiu na hora justa e razoável", disse Zhang.

O "Diário da Juventude de Pequim"afirmou que Loisel foi punida e terá que pagar uma multa por atrasos.

Juiz pára o jogo

O tapetão pode realmente tudo. Até paralisar uma decisão de campeonato. Essa foi no Paraguai.

O presidente da Associação Paraguaia de Futebol, Juan Angel Napout, repudiou erro que considerou "fatal" a suspensão por parte de uma juíza que, de última hora, mandou parar a final do campeonato rural quando o estádio 4 de Outubro de Atyrá (50 km de Assunção) já estava cheio de gente. Ao menos 10 mil torcedores foram lesados pela atitudade da juíza de toga.

Haydée Pereira ordenou a suspensão do confronto entre Caaguazú e Capiatá. A magistrada aceitou, horas antes do início do jogo, um pedido de sete torcedores do Coronel Oviedo, cujo time perdeu para o Caaguazú nas semifinais. A União de Futebol do Interior (UFI), filiada à APF, havia recusado um protesto por conta da atuação de um jogador do Caaguazú de forma irregular.

Napout considerou a decisão judicial como "um erro fatal" para o futebol paraguaio e assegurou que, a partir de agora, qualquer falha de um árbitro de futebol poderá ser objeto de recurso ante a Justiça comum, o que é expressamente proibido pela Fifa.

Em declarações à rádio "Nandutí", o presidente da federação paraguaia afirmou que não se recorda de um caso semelhante ao que ocorreu no último domingo, que pôs no olho do furacão o presidente Nicanor Duarte.

Natural de Coronel Oviedo, cidade 120 km a leste de Assunção, o mandatário do país recebeu os jogadores da equipe nos dias que antecederam à malograda final. O presidente também entregou um prêmio de 20 milhões de guaranis (US$ 4.250) por conta da "passagem à final".

"Me surpreendeu uma decisão tão escandalosa, tão aberrante. É algo que não tem precedente", afirmou, por sua parte, Duarte, recusando as insinuações de torcedores do Caaguazú de uma suposta influência política na resolução judicial.