quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Legado do Pan

E quem disse que o Pan do Rio só gerou gastos milionários e arenas com vocação para elefantes brancos abandonados? Pode bater forte no peito que hoje a Sepan (Secretaria-Executiva do Comitê de Gestão do Pan 2007) soltou relaease noticiando fato que muito nos orgulha.

O controle de carrapatos realizado no Centro Nacional de Hipismo, na aprazível Vila Militar de Deodoro (zona oeste do Rio), já obteve reconhecimento internacional. A equipe responsável pela proeza, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), esteve neste mês em Moscou (Rússia) para participar do 10º Congresso da Associação Mundial de Veterinária Eqüina (WEVA na sigla em inglês).

Os brasileiros apresentaram os resultados bem-sucedidos no controle de três tipos de inseto: amblyomma cajennense (carrapato estrela); o anocentor nitens (carrapato das orelhas) e o boophilus microplus (carrapato-de-boi).

Para o Pan, a UFRRJ, com apoio do governo federal, tratou de 460 cavalos com substâncias carrapaticidas. Além da aplicação na cavalada, as drogas foram pulverizadas nos estábulos, cocheiras, baias e nos 6.500 m² de grama. Tudo isso em um total de exatas 11.040 aplicações e graças a uma bagatela de R$ 202 mil gastos pelo Ministério do Esporte. O trabalho foi iniciado em 2006, um ano antes do Pan.

O maior objetivo dos organizadores era que o público se contaminasse por doenças transmitidas -argh!- pelos carrapatos. Os bichinhos, como é sabido, são hematófagos. De acordo com especialistas que desenvolveram o estudo, o controle dos carrapatos permite um centro de competição com maior segurança para eventos internacionais.

O sucesso do carrapaticídio no local credenciou o país a abrigar as provas do Campeonato de Hipismo do Exército, entidade amiga do mundo eqüino (como já dizia um certo ex-presidente general, o cheiro do cavalo é preferível ao cheiro do povo). A empreitada garantiu o direito de Deodoro sediar, em 2011, os Jogos Mundiais Militares. Sem coceiras, por favor.

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