O Carnaval já passou, mas nunca é demais lembrar de algumas macaquices de que nos orgulhamos. Acho que essa foi em 1998. Era nosso primeiro Carnaval na gloriosa R. Bernardo Wrona, Bairro do Limão, sede do Lance!, recém-nascido.
Certo dia, algum repórter do Rio nos enviou um e-mail com o samba-enredo daquele ano do bloco dos jornalistas, tradicional por lá. Inspirados na iniciativa carioca, resolvemos fazer um samba-enredo para homenagear as gloriosas tradições daquela redação aberta recentemente e as belezas do Bairro do Limão (poucas!).
A letra é do André Amaral (hoje editando o Globoesporte.com, no Rio), do Mateus Silva Alves (virou uma espécie de repórter especial no Diário de S.Paulo) e do autor dessas bem traçadas linhas de computador.
Se os versos não chegaram assim, a empolgar a redação, ao menos me lembro que certa vez a ensinei a amigos de fora do jornal e que descemos a serra de carro até o litoral norte batucando animadamente esses refrões.
Então, para imortalizar tal pérola dos saudosos tempos do Limão (que ninguém tem muita saudade, é vero), vai abaixo...
Já raiou um novo dia
Na eternidade de um novo alvorecer
O Limão está em festa
Mostrando toda a sua energia
A galera se deu mal lá na redação
Agora toda sexta é dia de pescoção [Bis]
E o índio?
O índio já festejava na tribo
O negro sofreu tanto na senzala
Sua alegria era o Carnaval
Eu vou à Bahia saudar meus orixás
E a baiana que não pára de sambar
O Lance! arrebenta neste Carnaval
E título e legenda não tem ponto no final [Bis]
[Cabe umas explicaçõezinhas aqui: certa coleguinha de Lance! me questinou a presença do negro e do índio na canção. A razão é simples. Você já viu alguma letra de samba-enredo sem que rolem o negro e o índio?
Já a frase que encerra a música era martelada, repetidas vezes, pelo Leão Serva, primeiro diretor de redação do jornal, para que não errássemos as padronizações]
Música para o meu pai
Há um mês
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