Até o início da Olimpíada passávamos boa parte do dia no centro de imprensa, o famoso MPC (Main Press Center). Fica perto do
Cubo d'Água e do Ninho de Pássaro, as duas jóias arquitetônicas da Olimpíada.
Como pouca coisa acontecia nas arenas esportivas, com exceção de treinos esparsos, alguns fechados aos coleguinhas, era aqui que ficávamos apurando matérias, telefonando, checando dados e participando de coletivas.
O local é imenso. Escrevo no espaço número 656 da sala destinada aos jornalistas de imprensa escrita. É maior do que a de Atenas, que também era bastante grande.
O mais engraçado por aqui são que a cada Olimpíada a gama de serviços oferecidos aumenta. Atualmente é possível fazer massagem gratuita (antes da Olimpíada ainda dava para encarar, agora a fila é imensa).
Ao lado fica uma academia de ginástica, com alguns aparelhos de musculação e esteira. Pois é, dei uma de colunista e, nos primódios de nosso trabalho aqui, consegui dar uma corrida, sem precisar respirar o ar fétido de Pequim.
Também existe, perto dali um salão de cabeleleiro e barbearia. Até o final da Olimpíada, com certeza passarei por lá.
Mas a coqueluche entre os repórteres são os sofás encurvados. Como o fuso é meio zoado para quase todos os que cobrem a Olimpíada, muitos aproveitam esses locais para tirar uma soneca. Não é raro encontrarmos coleguinhas gringos dormindo lá, em forma de conchinha. Ontem, um deles até roncou no sofá perto da nossa mesa.
É tanta facilidade que, se descobrir um chuveiro por aqui, começo a acreditar que existem repórteres que estão usando o MPC também como alojamento.
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