domingo, 24 de agosto de 2008

Em inglês nos entendemos

Já dois amigos me cobraram pelo fato de eu não estar escrevendo no blog algum tempo. Anteontem foi a vez de alguém especial fazer o mesmo pedido. Então, acho que e hora de retomar a coisa por aqui. Vou dar as minhas razoes para essa longa ausência (uma delas já deu para perceber, ?, e a falta de acentos nos teclados a que tenho tido acesso. Paciência. Corrijo quando voltar ao Brasil.)

Após a cobertura da Olimpíada segui de ferias para Hong Kong com o Ohata, colega da Folha. De la, já sozinho, viajei para Hanói. Em seguida, sem roteiro muito bem definido, fui descendo pelo pais, passando por Halong Bay, Hue, Hoi An e Nha Trang ate chegar a Saigon. Em seguida, tomei um vôo ate Siem Reap, já no Camboja. Amanha sigo para Phnom Phem, que e a capital do pais. Encerro minha jornada asiática na Tailândia. Ainda com roteiro a definir. Não faltaram historias divertidas para contar.

Mas, neste período, só tive acesso a internet dos PCs dos hotéis em que fiquei. Dois problemas surgiram para atualizar o blog. O primeiro, e óbvio, e a absoluta falta de acentos nos terminais asiáticos. Nossa língua e mesmo estranha por essas paragens. O segundo, e isso e uma pena, e a impossibilidade de anexar as fotos que vou fazendo pelo caminho. Outro fato a se lamentar, já que pelas minhas ultimas contas (que fiz ainda no Vietnã), já foram umas 2.500 imagens.

Mas vamos a um causo divertido que ocorreu na segunda, ultimo dia meu no Vietnã. Peguei um
táxi ate o aeroporto e minha preocupação era não ser engambelado pelo taxista. Em Hanói cheguei a pagar absurdos 60 mil dongs (algo como R$ 60) por uma corrida que em São Paulo não passaria de uns R$ 20.

Durante o caminho, abri o livrinho da Lonely Planet sobre o pais, que havia comprado dias antes, para mostrar que estava atento a possíveis desvios de rota para aumentar o valor da corrida (como se fosse um as das ruas da Saigon!).

O taxista percebeu, e, de pronto, me indicou um ônibus que seguia logo a nossa frente. Mostrou que a plaquinha indicava que ia para o aeroporto. Conferi no guia, e realmente era o nome do aeroporto (não me pecam para lembrar agora, de cabeça!).

Respondi que estava só conferindo os hotéis da minha próxima estadia. Percebi que o taxista pouco havia entendido ou não compreendera patavina. Resolvi então imitar o sotaque de inglês macarrônico que havia ouvido durante toda a viagem, iniciando um papo non sense.
‘I like veri muti Vietnã. Veri biutiful pipou.‘ O motorista aquiesceu com a cabeça.

Pensei então em ir alem, para ver o que o cara iria achar. ‘Pipou a lori of friendili.‘ Mais uma acenada afirmativa. Apelei: ‘Andi de gueurls? Fantastic gueurls.‘ Ele sorriu em sinal de aprovação.

Como meu papo o divertia, resolvi contar um fato curioso que havia acontecido comigo na véspera, em minha ultima noite no Vietnã. A melhor coisa que poderia fazer era ficar amigo do taxista, afinal diminuiria a chance de ser achacado novamente, ?

Iesterdei, ai uas uif a friendi ofi maine, a suitzerland, do iu know? Then, a traveco (aqui não sabia dizer o equivalente em inglês, mas acho que isso não fez muita diferença para o motorista) stopped his motorçaicou and offer to me and mai friendi a chupeta (e, meu inglês não chega a tal grau de refinamento, mas isso pouco importava no momento).

Resolvi então fechar a historia com chave de ouro, apelando para um coloquial: E eu tenho cara de quem gosta de traveco? Saiu algo como: ‘Andi ai have a face who like travecos?‘ Foi quando o sacana do taxista virou para mim e fez um sinal afirmativo.

Chegamos no aeroporto internacional de Saigon (ou Ho Chi Minh, para as repartições oficiais) e ele me mostrou o taxímetro em 10.500 dongs. Quis cobrar também mais 500 dongs por ter levado minhas duas pesadas malas. Eram R$ 11. Haviam me avisado que uma corrida ate o aeroporto ficaria em R$ 10. Estava de bom tamanho. Paguei sem pestanejar.

Segui adiante. Mas fiquei na duvida se o taxista concordou que não tenho cara de quem gosta de traveco ou se quis dizer que eu tinha toda a pinta de quem curtia um corpo de mulher provida de pipi.

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