sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Os resultados de uma má assessoria de imprensa

Nos últimos dias, foram gastos toneladas de papel e litros de tinta para que os jornais publicassem notícias sobre um assunto que, no fundo, não tinha notícia. O mistério que o jogador de basquete Nenê fez em torno de sua "doença" só serviu para atiçar a curiosidade da mídia e criar um estardalhaço em torno de algo que, no fundo, não atrapalha em nada a carreira dele.

Para quem não sabe, Nenê pediu sigilo às pessoas próximas a ele em relação à doença constatada em um de seus exames. Depoimentos de apoio dos colegas dos Nuggets levaram a crer que a doença era grave. Palpiteiros de plantão logo arriscaram: deve ser câncer ou AIDS. No final, nem uma coisa, nem outra.

Se tivesse sido mais bem orientado, Nenê entenderia que, por ser uma pessoa pública e atleta, seu estado de saúde é objeto de acompanhamento do público em geral. (Vide o caso Magic Jonhson e Lance Armstrong). Sendo assim, trataria, via assessoria de imprensa, de emitir notas relacionadas ao andamento dos exames e cirurgia, sem provocar falsas suspeitas na mídia, que tende a ser fatalista na maior parte das vezes.

Cirurgia encerrada, biópsia feita, constatou-se que o tumor, retirado do testículo, era (ainda bem!) benigno. Sendo assim, a recuperação é rápida e, em semanas, o jogador poderá retornar às quadras.

Em suma, muita gritaria para um assunto que merecia ser tratado com mais comedimento. Lição para os jornalistas e, principalmente, para quem assessora o jogador.

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