A geopolítica do esporte às vezes é surpreendente. Por problemas de segurança, várias seleções de Israel são obrigadas a disputar classificatórios na Europa.
Ontem, mais um fato inusitado ocorreu. A Romênia irá organizar o Pré-Olímpico asiático de handebol para os Jogos de Pequim, em agosto. A disputa será do dia 28 a 3 de fevereiro, em bucareste (masculino) e Oradea, no noroeste do país (feminino). Cada torneio terá a participação de quatro a seis seleções.
O anúncio foi feito depois que a federação internacional decidiu anular os torneios classificatórios de 2007, que haviam sido vencidos por Cazaquistão (feminino) e Kuwait (masculino). Tudo motivado por reclamações da Coréia do Sul. O país é o único a desafiar a hegemonia européia em Olimpíadas. Os sul-coreanos já arrebataram 2 ouros e 4 pratas em Jogos Olímpicos. Subiram ao pódio tanto no masculino como no feminino, feito que poucos países alcançaram.
Se os resultados do ano passado fossem mantidos, a Coréia do Sul ficaria de fora de Pequim, depois de conquistar o vice-campeonato em Atenas-04. Mas os cartolas conseguiram provar, através de vídeos, que a arbitragem favoreceu, escandalosamente, os campeões.
Para garantir a lisura da competição, a solução encontrada pela federação internacional foi programar a disputa para longe do continente (e da influência) da cartolagem asiática.
A ironia da história é que esses torneios servirão como compensação à Romênia, candidata a organizar o Mundial masculino de 2009, que acabou programado para a Croácia.
Música para o meu pai
Há um mês
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