Pois é, falei aqui que meu objetivo era melhorar minha marca pessoal na São Silvestre. Não consegui. Aliás, fiquei bem longe disso. Pior: cheguei arrebentado em 1h35min30s.
Contando os três anos em que participei da prova (2004, 2006 e 2007), foi a pior edição em termos de temperatura. O calor chegou a 32 graus na largada e só deu uma aliviada já no Largo do Paissandu, por volta do km 11 da corrida. E os postos de água, instalados a cada 3 ou 4 km, não davam conta nem do volume de pessoas, nem da imensa sede dos corredores após tanto tempo sem se refrescar.
Larguei com um ex-colega de Folha, mas só consegui acompanhá-lo nos três primeiros quilômetros, que fizemos em 15 minutos, antes de ele me deixar para trás.
Fui me arrastando até a Rio Branco, quando acertei meu ritmo. No trecho do Centrão ainda dava para ambicionar alguma coisa. Iniciei a subida da Brigadeiro em 1h17min. Até que não estava mal, diante das condições de temperatura e umidade. Mas senti o esforço do início da prova e a maltratada panturrilha diante de tantos sobes e desces (tive cãibra logo após a chegada). No final das contas, até que não fui mal, em 7.046o lugar entre os homens em um total de 20 mil atletas.
Para animar, um corredor trajado com uniforme do Bope ordenava a todos, ainda na Consolação: "Pede pra sair" e chamava os concorrentes de "fanfarrões". Vi muitos torcedores com a camisa do Palmeiras (espantosamente nenhum corintiano nas ruas!) e, no final, presença maior da torcida são-paulina. Um fanático até correu a prova inteira com uma enorme bandeira do Tricolor. Chegou alguns metros à minha frente.
O pior foi outro maluco, que cumpriu os 15 km com um vaso na cabeça. Assisti à sua chegada quando já estava indo embora para pegar o metrô (devia ter umas duas horas de prova). Depois vi na TV que ele também fez flexão antes da corrida equilibrando o apetrecho. Depois de alguns quilômetros, seguramente, o vaso estaria pesando uns 50 quilos.
Música para o meu pai
Há um mês
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