sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O melhor e o pior da Mostra

Depois de ter pego 13 dias de folgas acumuladas só para acompanhar in loco a Mostra de Cinema de SP, ter comprado uma permanente integral e assistido 61 filmes, devo dizer que acabei a maratona um pouco frustrado. Não vi nenhum dos premiados por público e crítica. Alguns nem estavam na minha lista. Outros, sim, mas foi impossível assistir à tudo o que queria. Do que vi, indico abaixo os meus melhores da Mostra.

O Passado (Hector Babenco) - história envolvente do casal Rimini e Sofia, que rende DRs bacanas (se é que as existem). Parece que o romande do Alan Pauls é mais complexo do que o filme. Não li. Mas se depender do filme e da indicação de amigos, entra na minha listinha de prioridades.

Desejo e reparação (Joe Wright) - O diretor mostra de novo a que veio, fazendo outra bela adaptação literária, depois de "Orgulho e Preconceito" (2005). Dessa vez embrenha-se no universo de um autor contemporâneo, Ian McEwan, e é interesante reflexão como certos erros do passado não podem mais ser corrigidos.

A última hora (Leila Conners Petersen e Nadia Conners) - Produzido pelo Leonardo di Caprio, é uma espécie de "Uma verdade inconveniente - parte 2". Há uma série de depoimentos, de autoridades científicas, caso de Stephen Hawking, a políticos, como Mikhail Gobatchov, alertando sobre aquecimento global, poluição e outros problemas que afetam o meio ambiente e podem determinar a extinção do homem na Terra.

Dever cívico (Jeff Renfroe) - Filme cujo enredo cresce de tensão até o fim e é encerrado com fina ironia. É, lembra Hitchcock, num ano em que Brian de Palma decepcionou. Um contador desempregado espiona seu vizinho, um estudante islâmico, e alucinado pelo noticiário da CNN pós-11 de Setembro, começa a desconfiar que mora ao lado de um terrorista. A ironia final lembra o mestre do suspense.

O clube da leitura de Jane Austen (Robin Swicord) - Um grupo de mulheres da atualidade decide ler toda a obra de Jane Austen e aplicá-la às suas vidas. Dá para lembrar de clássicos da juventude, como "Razão e sensibilidade" e "Orgulho e preconceito".

XXY (Lucia Puenzo) - Filme sensível, o melhor da safra argentina da Mostra (que não foi das melhores). Explora os dilemas vividos por uma menina hermafrodita em uma comunidade provinciana. A diretora tem pedigree: é filha de Luis Puenzo, do ótimo "A história oficial".

Um comentário:

Anônimo disse...

O meu comentário não é sobre o assunto acima, e sim sobre a insanidade que o senhor escreveu em relação ao nadador thiago pereira, recordista MUNDIAL nos 200m medley em piscina curta, batendo os tempos de ninguém menos que aqueles que segundo o senhor desprezam a piscina curta, o feito do thiago não deve ser menosprezado,pois trata-se de um jovem de futuro (presente) brilhante. Ao escrever tal artigo (Piscina curta é desprezada por estrelas da natação) o senhor, renomado jornalista, mostrou profundo desconhecimento sobre o esporte, visto que , como é veiculado na mídia, as etapas da copa do mundo de natação, em função de prêmios substânciais que têm sido pagos, vêm atraindo cada vez mais nadadores de ponta. Certo de poder ter contribuído no enriquecimento de seus conhecimentos, encerro meu comentário, com a esperença de nunca ler matéria com tamanho despreparo.