Tenho certa simpatia pelo Botafogo do Rio. Achei emocionante o fim da fila botafoguense no Estadual do Rio de 1989. Talvez porque eu, palmeirense, vivia na mesma época fila semelhante, que só acabaria alguns anos depois.
Ontem, não vi o jogo do Botafogo, pela semifinal da Copa do Brasil. Mas, revendo os lances, claramente, o alvinegro foi prejudicado pela arbitragem. Poderia ter feito um 5 a 1. Se classificado. Ganhado os R$ 2,5 milhões que a diretoria anunciou de prejuízo. Amealhado boas rendas em uma final carioca com o Fluminense. Ponto.
Entendo a ira do diretor de futebol do clube, Carlos Augusto Montenegro. Mas chamar a bandeirinha Ana Paula Oliveira, protagonista dos erros que eliminaram seu time, de "piranha" e que ela deveria estar "em um daqueles dias" é lamentável.
O mesmo Montenegro presidia o Botafogo quando o clube conquistou o Brasileiro de 1995. Na ocasião, foi beneficiado por erros do árbitro Márcio Rezende de Freitas na final contra o Santos. Há duas semanas, seu time foi beneficiado novamente, quando o Símon não marcou pênalti nos minutos finais a favor do Atlético-MG.
Nosso mundo é machista. O esporte reflete isso. Desde os primórdios, o futebol sempre foi um local restrito aos homens. Não apenas dentro de campo. Fora dele também. Nos estádios, conversas de bar, confraternização com os amigos, peladas de rua.
Ultimamente elas têm "invadido" todos os setores da vida social. O futebol não ficou imune. O esporte ainda é um dos setores em que mais temos dificuldade de lidar com essas novas personagens (que de resto trouxeram mais alegria ao sisudo mundo do esporte). Esses episódios servem de aprendizado para julgarmos erros e acertos não pelo sexo, mas pela competência. Espero que sirvam de lição.
Música para o meu pai
Há um mês
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