
"Voltamos para Santiago para jogar o Mundial. A equipe era muito boa, homogênea. Tinha destaque para o Wlamir e o Amaury. Tínhamos dois ou três jogadores para revezar em quadra. Nós nos perocupávamos com a União Soviética."
"O jogo entre União Soviética e Bulgária foi uma vergonha porque a Bulgária recebeu ordem para perder. Houve uma marmelada muito grande. Eu estava gripado e não pude atuar contra a União Soviética, quando também perdemos. Ficou a dúvida [sobre quem era melhor]. Mas a União Soviética perdeu para o Canadá e fomos os primeiros da chave na primeira fase."
"O Algodão vinha desde 1948 e foi o único que sobrou do grupo mais antigo. Ele era o líder, o mais velho. Apesar disso, nós estávamos tranquilos na final, mas o time era mais ou menos jovem."
"No estádio Nacional deveria ter umas 25 mil pessoas assistindo à partida, que não foi tranquila, como o resultado parece dizer. O Chile, se ganhasse, seria o campeão. Mas começamos a abrir uma diferença e foi uma festa para aquele time que praticamente estava começando uma geração. Na noite em que conquistamos o título, foi dado US$ 20 para cada um para comemorar como melhor quisesse."
"Quando chegamos ao Brasil, houve desfile em carro de bombeiros.

"A nova geração não sabe do bicampeonato mundial. Reportagens como essa é que vão lembrar."
"Joguei pelo Vasco, pelo Corinthians, fiquei 12 anos no Palmeiras e encerrei a carreira na Hebraica, em 1971. Estou com 63 anos, aposentado. Trabalhava na Prefeitura de São Paulo. Fiquei 36 anos como professor de educação física em escolas."
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