Com o tempo algumas palavras e siglas perdem o sentido. É o caso de orelhão. Creio que daqui alguns anos as pessoas não mais farão associação óbvia entre o telefone público e o formato do aparelho (já repararam como, paulatinamente, os orelhões originais têm desaparecido das ruas?).
É o que deverá ocorrer com a BM&F. Foi lá que vivi um dos maiores apertos de minha curta carreira jornalística, mas ao mesmo tempo um dos episódios mais divertidos dela, como já relatei aqui. O problema é que a Bolsa de Mercadorias & Futuros já anunciou que irá se fundir com a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Com a fusão, o nome BM&F irá desaparecer.
Ou seja, daqui alguns anos, terei que explicar que tal história aconteceu na BM&F, que, como me definiu uma coleguinha de Dinheiro (como já admiti, entendo pouquíssimo de economia), era "uma bolsa que negociava derivativos".
Será impressão minha, mas quanto mais apostos explicativos (perdoe a redundância) a gente coloca em nossas historinhas, mais nos sentimos velhos?
Música para o meu pai
Há um mês
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