segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Marcha da insensatez

Essa aconteceu no Mundial de atletismo de Osaka, encerrado há duas semanas, mas vale a pena ser relembrado. Mostra que, mesmo na era da tecnologia, casos inusitados continuam, felizmente, acontecendo no esporte.

O japonês Yuki Yamazaki disputava a marcha de 50 km, talvez a prova mais extenuante do atletismo por durar mais de quatro horas. Autorizado pelos fiscais, realizou sua última volta e adentrou ao estádio de Osaka. O problema é que, após atingir a linha de chegada, foi comunicado de que seu resultado não constaria na classificação.

Por um erro de contagem da arbitragem, Yamazaki percorreu uma volta a menos, tendo encerrado a prova após marchar apenas 48 km. Na marcha, sete fiscais são posicionados em um percurso de 2 km para constatar se os atletas não cometeram nenhuma irregularidade.

Para o japonês, o problema é que, se ele tivesse chegado entre os oito primeiros colocados da prova, e provavelmente chegaria, teria garantido classificação para a Olimpíada de Pequim, em 2008. Oficialmente, Yamazaki constará dos registros como atleta que não finalizou a prova.

"Foi muito estranho. Estava exausto e não entendia nada. Poderia não haver terminado entre os oito primeiros, mas não constar nos registros é como se houvesse sido desclassificado", lamentou o japonês.

Na marcha, se um atleta comete três irregularidades (retirar os dois pés do chão ou dobrar o joelho) é desclassificado da prova.

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