Esse título é um dos clássicos que ouvimos na faculdade de jornalismo. Pelo menos quando estava lá. Saiu, parece, em algum jornal popular do Rio nos idos dos anos 70/80. A reportagem simplesmente noticiava a história de uma garota que havia passado mal após comer um cachorro-quente estragado.
Me lembrei disso outro dia, quando um coleguinha me lembrou dos títulos curiosos que inventava para minhas matérias no Lance!. Eles eram a diversão da equipe, e o pesadelo de certo editor.
Um deles particularmente entrou para o folclore da redação. Era a Copa de 1998 e a chefia dividiu a equipe em grupos. Cada três repórteres era responsável por uma chave da Copa. Coube-me a responsabilidade de cuidar, dentre outras seleções, da Croácia.
O país, que estreava em Mundiais, tinha como trunfo o atacante Suker. Na época, eu estava escutando muito Chico Buarque. Por conta disso, queria, de qualquer maneira, render uma homenagem inusitada à música "Com açúcar e com afeto", uma de minhas preferidas, em alguma manchete.
O problema é que respondia diretamente a esse editor durante a Copa, que vetou veementemente o título que bolei. Suker fazia gol quase todos os jogos (acabou artilheiro da Copa), mas a chefia sempre vetava minhas invenções.
A saída foi já na despedida da Copa, quando a Croácia venceu a decisão do terceiro lugar, com gol do atacante novamente. Por sorte, naquele dia o editor estava de folga. Na surdina, fiz o título na arte e mandei para diretamente para outro chefe, mais aberto a trocadilhos. Mesmo sabendo dos vetos anteriores, esse decidiu publicar.
Qual não foi a surpresa do Laguna quando recebeu, pela manhã o Lance! em sua casa e estava lá, estampado: "Com o Suker e com afeto". Admito, não foi dos títulos mais felizes, mas valeu pela teimosia.
Música para o meu pai
Há um mês
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