quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Em ingles nos entendemos

Ja dois amigos me cobraram pelo fato de eu nao estar escrevendo no blog ha algum tempo. Anteontem foi a vez de alguem especial fazer o mesmo pedido. Entao, acho que e hora de retomar a coisa por aqui. Vou dar as minhas razoes para essa longa ausencia (uma delas ja deu para perceber, ne?, e a falta de acentos nos teclados a que tenho tido acesso. Paciencia. Corrijo quando voltar ao Brasil.)

Apos a cobertura da Olimpiada segui de ferias para Hong Kong com o Ohata, colega da Folha. De la, ja sozinho, viajei para Hanoi. Em seguida, sem roteiro muito bem definido, fui descendo pelo pais, passando por Halong Bay, Hue, Hoi An e Nha Trang ate chegar a Saigon. Em seguida, tomei um voo ate Siem Reap, ja no Camboja. Amanha sigo para Phnom Phem, que e a capital do pais.
Encerro minha jornada asiatica na Tailandia. Ainda com roteiro a definir.

Nao faltaram historias divertidas para contar. Mas, neste periodo, so tive acesso a internet dos PCs dos hoteis em que fiquei. Dois problemas surgiram para atualizar o blog. O primeiro, e obvio, e a absoluta falta de acentos nos terminais asiaticos. Nossa lingua e mesmo estranha por essas paragens. O segundo, e isso e uma pena, e a impossibilidade de anexar as fotos que vou fazendo pelo caminho. Outro fato a se lamentar, ja que pelas minhas ultimas contas (que fiz ainda no Vietna), ja foram umas 2.500 imagens.

Mas vamos a um causo divertido que ocorreu na segunda, ultimo dia meu no Vietna. Peguei um taxi ate o aeroporto e minha preocupacao era nao ser engabelado pelo taxista. Em Hanoi cheguei a pagar absurdos 60 mil dongs (algo como R$ 60) por uma corrida que em Sao Paulo nao passaria de uns R$ 20.

Durante o caminho, abri o livrinho da Lonely Planet sobre o pais, que havia comprado dias antes, para mostrar que estava atento a possiveis desvios de rota para aumentar o valor da corrida (como se fosse um as das ruas da Saigon!).

O taxista percebeu, e, de pronto, me indicou um onibus que seguia logo a nossa frente. Mostrou que a plaquinha indicava que ia para o aeroporto. Conferi no guia, e realmente era o nome do aeroporto (nao me pecam para lembrar agora, de cabeca!). Respondi que estava so conferindo os hoteis da minha proxima estadia. Percebi que o taxista pouco havia entendido ou nao compreendera patavina.

Resolvi entao imitar o sotaque de ingles macarronico dos vietnamitas que havia ouvido durante toda a viagem, iniciando um papo non sense. "I like veri muti Vietna. Veri biutiful pipou." O motorista aquiesceu com a cabeca.

Pensei entao em ir alem, para ver o que o cara iria achar. "Pipou a lori of friendili." Mais uma acenada afirmativa. Apelei: "Andi de gueurls? Fantastic gueurls." Ele sorriu em sinal de aprovacao.

Como meu papo o divertia, resolvi contar um fato curioso que havia acontecido comigo na vespera, em minha ultima noite no Vietna. A melhor coisa que poderia fazer era ficar amigo do taxista, afinal diminuiria a chance de ser achacado novamente, ne?

"Iesterdei, ai uas comi bequi to the hotel uif a friendi ofi maine, a suitzerland, do iu know? Then, a traveco (aqui nao sabia dizer o equivalente em ingles, mas acho que isso nao fez muita diferenca para o motorista) stopped his motorcaicou and offer to me and mai friendi a chupeta (e, meu ingles nao chega a tal grau de refinamento, mas isso pouco importava no momento).

Resolvi entao fechar a historia com chave de ouro, apelando para um coloquial: E eu tenho cara de quem gosta de traveco? Saiu algo como: "Andi ai heve a face who like travecos?" Foi quando o sacana do taxista virou para mim e fez um sinal afirmativo.

Chegamos no aeroporto internacional de Saigon (ou Ho Chi Minh, para as reparticoes oficiais) e ele me mostrou o taximetro em 10.500 dongs. Quis cobrar tambem mais 500 dongs por ter levado minhas duas pesadas malas. Eram R$ 11. Haviam me avisado que uma corrida ate o aeroporto ficaria em R$ 10. Estava de bom tamanho. Paguei sem pestanejar.

Segui adiante. Mas fiquei na duvida se o taxista concordou que nao tenho cara de quem gosta de traveco ou se quis dizer que eu tinha toda a pinta de quem curtia um corpo de mulher provido de pipi.

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