quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Quem e o genio que indica os hoteis pro Lonely Planet?

Não sei sinceramente quem é o gênio que indica os hotéis para o Lonely Planet, verdadeira bíblia dos mochileiros, entre os quais passei a me incluir neste tour asiático.

Como bom turista descapitalizado, o primeiro item que verifico nos hotéis indicados é o preço. Ok, posso parecer um pouco mão de vaca por querer pagar não mais do que dez doletas por uma diária. Mas, acredite, para os padrões vietnamitas e cambojanos, isso não é nada de mais. Já cheguei a pagar dez doletas em um hotel em Hue que, alem de tudo, tinha cafe da manhã personalizado (você escolhia o prato) e internet livre.

Mas foi em Hoi An que um livrinho sobre o sudeste asiatico e região do Mekong me chamou a atenção. Era exatamente meu roteiro pós-olímpico. Como não pesaria excessivamente na bagagem, comprei por improvaveis 14 mil dongs (R$ 14, em valores brasileiros). Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que era um livro pirata! Até no Vietnã se pirateia livros (e em inglês!). Mas acho que a idéia não pegaria no Brasil.

Enfim, desde que estou com o livrinho, tentei duas vezes (em vão) ficar em hotéis que o Lonely Planet indica. Em Nha Trang, por mero acaso, caí em um muito bom, pela bagatela de US$ 15. Em Saigon, não encontrei o hotel indicado. Acabei ficando em outro. Bom, pelos mesmos US$ 15.

Mas no Camboja resolvi radicalizar. Sempre que cheguei a uma cidade por aqui, ja disse de cara ao motorista que tinha reserva em dado hotel, que ja tinha escolhido pelo livrinho.

O primeiro de minha aventura foi em Siem Reap. Era um hoitel sem café da manhã, com lagartixas albinas andando animadamente pelas paredes (uma pena não poder postar, porque tenho foto disso). O lado bom é que a internet era gratuita. Mas era disputada a tapa entre norte-americanos, ingleses, israelenses, alemães e -logico- esse que vos escreve.

Por fim, cheguei hoje a Phnom Phem, que é a capital do glorioso Camboja. Novamente fui pelo livrinho. Desta vez o motorista de tuk-tuk (aqui no Camboja é uma espécie de charrete puxada por uma moto) não conseguia achar o local.

Quando cheguei a essa rua sem saída, onde escrevo em um cyber cafe, não encontrava o hotel. Era necessário passar por um estreito corredor meio alagado pelas chuvas, que não param de cair nesta época no Camboja. No caminho, umas três residências de locais e uma casa de sinuca.

Após outro corredor, esse já meio escuro, recheado de portas que lembravam cabines de navio, cheguei finalmente a uma cozinha. A portraia do hotel ficava no andar de cima. Deixei então minhas pesadas malas no térreo e pus a mão no corrimão da escada. Senti algo frio. Percebi que era outra lagartixa albina. Elas me perseguem.

Na portaria, o atendente me expôs que havia dois tipos de single room, um por US$ 4 e outro por US$ 8. Mas não consegui entender patavinas de qual era a diferenca entre os quartos. Diante do que já vira, achei prudente pagar pelo quarto mais caro.

E, por pouco mais de R$ 14 estou desfrutando de um quarto com duas camas (uma de casal) e ar-condicionado. O banheiro, bem, o banheiro e daqueles tradicionais do Camboja, em que não há box e a ducha alaga toda a extensão do local a cada vez que é ligada. A vantagem é que dá para mijar e escovar os dentes durante o banho. Tudo tem seu lado bom.

Vamos ver o que me aguarda amanhã.

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