Tyson Gay prossegue em sua tentativa de perseguir os velocistas jamaicanos, donos da hegemonia nos 100 m, prova mais nobre do atletismo, desde o ano passado.
Ontem, ao checar os resultados das seletivas norte-americanas, que estão sendo realizadas em Eugene (Estado do Oregon, na costa Leste), fiquei impressionado com a marca obtida pelo norte-americano ao vencer a final do classificatório: 9s68. O tempo seria o novo recorde mundial. Não bastasse isso, abaixaria em 0s04 a marca que estava em poder do jamaicano Usain Bolt.
Já previa as trocentas retrancas que teria que abrir para relatar tal façanha, em um dia em que a edição estava carregada e um enorme anúncio manchava a página de atletismo, com um abre e três outras retrancas sobre o Troféu Brasil, encerrado ontem.
Felizmente, Tyson Gay, para cravar tal marca, contou com uma nada desprezível ajudinha de um vento de 4,1 m/s. Como o máximo permitido pela Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) é 2 m/s, pude seguir tranqüilamente para casa, após trocar uma notinha.
Toda essa peroração é para relatar algo bizarro do mundo da notícia. Um site norte-americano, ligado aos valores familiares de religiosos, conta com um filtro para não divulgar material pornográfico e um programa automático para evitar termos politicamente incorretos. Assim, o termo "gay", considerado por muitos pejorativo, é substituído por "homossexual".
Com isso, a notícia sobre a classificação do ótimo velocista, saiu de forma bizarra no site familiar-noticioso: "Homossexual vence com facilidade eliminatória olímpica dos 100 m". Quer conferir o erro? Clique aqui.
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