O trekking pelos arredores de Chiang Mai foi bastante divertido. Nos embrenhamos no meio do mato por dois dias. No primeiro, fizemos um divertido passeio sobre lombo de elefantes. Rendeu fotos engraçadas. Depois, mais três horas ladeira acima na mata ate chegarmos a uma aldeia, onde dormirmos em cabanas de bambu para la de rústicas.
No dia seguinte, nova caminhada, desta vez de duas horas, ladeira abaixo. Desta vez, o caminho estava ate pior. Havia chovido muito na véspera, e a terra estava bastante escorregadia. Devo ter caído umas quatro ou cinco vezes. Depois de tudo, um rafting pelas corredeiras ate o local onde iríamos almoçar e, de la, partiríamos de volta a Chiang Mai.
Para descermos as corredeiras, dividimos nosso grupo, uma verdadeira babel, em dois botes. No primeiro foram o Raul e a Nuria, um casal de espanhóis, e o Christoph e o Julien, dois franceses. No meu também estavam a Sofia (Argentina), o Frank (EUA) e o Tomi (Croacia).
Em cada grupo havia dois novatos e dois que faziam rafting pela segunda vez em suas vidas (eu incluído). Nosso barco partiu um pouco depois. E, mesmo com dois estreantes, nossa coordenação parecia perfeita.
Tanto e que, em uma manobra um pouco mais arriscada, ultrapassamos o outro grupo. Batemos os remos no alto de berramos junto com o guia: "Good team".
Não sei se foi nossa empatia, mas não se passaram nem cinco minutos, quando pegamos a pior corredeira do caminho.
Ate então o passeio estava divertido. Mas, naquele ponto, surpreendentemente, o bote virou. Estava logo atrás do Tomi, a Sofia vinha ao meu lado. Não vi mais nenhum dos dois.
Em um lampejo, tentei chegar ate o guia que nadava desesperadamente rumo a margem. Cheguei a tocar em seu colete salva-vidas, mas não consegui segura-lo por muito tempo.
A corredeira me levou rio abaixo. Minha única opção era tentar apanhar o bote, que estava de ponta cabeça. Mas a forca da agua fazia essa tarefa parecer impossível.
Desci rio abaixo em um período que pareceram horas, mas foi apenas uns dois ou três minutos. Engoli um pouco de agua, mas o pior era não saber o quão perigoso era o percurso.
O guia tinha dito que havia uma corredeira mais íngreme, e me parecia ser justamente a que eu estava (descobri depois que era mesmo).
Finalmente as águas agitadas acabaram. As duas coxas e os joelhos doíam com o esforço de lutar contra as águas. Tanto que, mesmo no trecho mais brando, ainda demorei um pouco para chegar a margem.
Ao lado, preocupados, estavam o pessoal do outro barco, me aguardando. Com a ajuda de um dos guias, resgatei nossa embarcação e a viramos. Quando meus companheiros de naufrágio chegaram, já estava sentado, tranquilo, no barco.
Ate então, não tinha noticias deles. Após nosso "naufrágio", felizmente, o Frank conseguiu chegar a margem. O Tomi também nadou ate ela e, no caminho, ainda resgatou a Sofia. Só eu havia atravessado a corredeira.
Desesperada com a situação, nossa amiga argentina não queria voltar ao barco. Foi convencida só depois que o guia disse que no caminho por terra havia muitas serpentes.
Quando eles chegaram, estava já sentado no barco, os aguardando. Todos se surpreenderam com minha aparente calma. Acho que meu inglês vagabundo não serviu para convence-los de que minha paura fora imensa.
No dia seguinte, nova caminhada, desta vez de duas horas, ladeira abaixo. Desta vez, o caminho estava ate pior. Havia chovido muito na véspera, e a terra estava bastante escorregadia. Devo ter caído umas quatro ou cinco vezes. Depois de tudo, um rafting pelas corredeiras ate o local onde iríamos almoçar e, de la, partiríamos de volta a Chiang Mai.
Para descermos as corredeiras, dividimos nosso grupo, uma verdadeira babel, em dois botes. No primeiro foram o Raul e a Nuria, um casal de espanhóis, e o Christoph e o Julien, dois franceses. No meu também estavam a Sofia (Argentina), o Frank (EUA) e o Tomi (Croacia).
Em cada grupo havia dois novatos e dois que faziam rafting pela segunda vez em suas vidas (eu incluído). Nosso barco partiu um pouco depois. E, mesmo com dois estreantes, nossa coordenação parecia perfeita.
Tanto e que, em uma manobra um pouco mais arriscada, ultrapassamos o outro grupo. Batemos os remos no alto de berramos junto com o guia: "Good team".
Não sei se foi nossa empatia, mas não se passaram nem cinco minutos, quando pegamos a pior corredeira do caminho.
Ate então o passeio estava divertido. Mas, naquele ponto, surpreendentemente, o bote virou. Estava logo atrás do Tomi, a Sofia vinha ao meu lado. Não vi mais nenhum dos dois.
Em um lampejo, tentei chegar ate o guia que nadava desesperadamente rumo a margem. Cheguei a tocar em seu colete salva-vidas, mas não consegui segura-lo por muito tempo.
A corredeira me levou rio abaixo. Minha única opção era tentar apanhar o bote, que estava de ponta cabeça. Mas a forca da agua fazia essa tarefa parecer impossível.
Desci rio abaixo em um período que pareceram horas, mas foi apenas uns dois ou três minutos. Engoli um pouco de agua, mas o pior era não saber o quão perigoso era o percurso.
O guia tinha dito que havia uma corredeira mais íngreme, e me parecia ser justamente a que eu estava (descobri depois que era mesmo).
Finalmente as águas agitadas acabaram. As duas coxas e os joelhos doíam com o esforço de lutar contra as águas. Tanto que, mesmo no trecho mais brando, ainda demorei um pouco para chegar a margem.
Ao lado, preocupados, estavam o pessoal do outro barco, me aguardando. Com a ajuda de um dos guias, resgatei nossa embarcação e a viramos. Quando meus companheiros de naufrágio chegaram, já estava sentado, tranquilo, no barco.
Ate então, não tinha noticias deles. Após nosso "naufrágio", felizmente, o Frank conseguiu chegar a margem. O Tomi também nadou ate ela e, no caminho, ainda resgatou a Sofia. Só eu havia atravessado a corredeira.
Desesperada com a situação, nossa amiga argentina não queria voltar ao barco. Foi convencida só depois que o guia disse que no caminho por terra havia muitas serpentes.
Quando eles chegaram, estava já sentado no barco, os aguardando. Todos se surpreenderam com minha aparente calma. Acho que meu inglês vagabundo não serviu para convence-los de que minha paura fora imensa.
Parecera que eu fora o único que lutara contra as corredeiras para resgatar o barco. Deixei a lenda rolar. Almoçamos, concluímos o trekking e voltamos nesta van aí em cima para o hotel. Na foto aparecem, da esq. para a dir., Raúl, eu, Frank, Sofia, Julien, Christoph, Tomi e Nuria, toda a turma que estava no rafting.
Demos boas risadas do episódio à noite, em uma cantina italiana. Provei meu primeiro pesto e minha primeira caipirinha em terras orientais. Acho que, após esse acontecimento trash, nasceu uma amizade multicultural.