quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Odeio coletivas de basquete

Alguns nicks postados no MSN são realmente enigmáticos. Uma amiga diz que sou especialista em despertar a curiosidade alheia nas mensagens que posto após meu nome na lista de contatos. A de hoje, assim como na semana passada, está escrito "Eu odeio coletivas de basquete".

Não, não é por nenhum motivo específico que tomei aversão às entrevistas do esporte que cubro há uns bons dez, 11 anos. Na verdade, foi por coisas ocorridas nos dois últimos eventos de que participei. Pois então, vamos a eles.

Segunda-feira da semana passada, sorteio dos jogos para o Novo Basquete Brasil, competição organizada pela Liga Nacional de Basquete e que irá substituir o Nacional masculino da CBB. O evento estava marcado para as 10h30. Horário decente para jornalistas.

O problema é que houve atraso nos vôos em Confins, em Belo Horizonte, e o presidente da LNB, Kouros Monadjemi, não chegava. Alguns outros membros da diretoria, todos de BH, também estavam com ele. Sem o dirigente, foi antecipada uma reunião técnica das equipes. E tome chá de cadeira para a imprensa.

A cartolada só chegou depois das 13h. Finalmente pudemos entrar à sala de reuniões, cerca de 3 horas depois do horário originalmente marcado (é, dava para ter almoçado em casa). Houve o tal do sorteio, sem grandes novidades. Para mim, ao menos, saí de lá com matéria, disponível aqui para assinantes da Folha/UOL.

Nesta semana, a coletiva era da NBA. O evento foi marcado para as 9h, na Couromoda (olha o couro nas coletivas novamente!), horário proibitivo para jornalistas. Ouvi coleguinhas insatisfeitos dizendo que haviam acordado às 5h para conseguir chegar ao Anhembi, local da feira, naquele horário.

Pois é, nem todo mundo tem a facilidade de o jornal enviar um carro em casa para ser apanhado. E, mesmo assim, "madruguei" às 7h30. Um amigo me disse que jornalista só acorda neste horário para pegar avião ou levar a mulher na maternidade. Saí de casa por volta das 8h30.

Não bastasse isso, o evento começou só depois das 10h. E, se tivesse na edição SP hoje (trocas para a edição que circula só na capital), sairia da redação só depois das 23h30. Ou seja, cumpriria jornada de 15 horas sem nada que justificasse isso. Em tempo: não consegui sair de lá com matéria.

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