É impossível não se emocionar ou se intimidar com um estádio inteiro entoando um hino nacional. As más línguas dizem inclusive que na Copa de 98, os brasileiros amarelaram antes mesmo de o jogo começar, quando os franceses cantaram a plenos pulmões a Marselhesa.
Até que ponto o hino influi na intimidação ou no estímulo de uma equipe antes de entrar em jogo não se sabe. O fato é que a Espanha, cujo hino não tem letra, coleciona fracassos na esfera esportiva. A melhor colocação de uma seleção espanhola, por exemplo, em uma Copa do Mundo foi em 1950, quando a Fúria alcançou as semifinais. Nada satisfatório dado que a Espanha mantém uma longa tradição no futebol e uma das melhores ligas do mundo.
No esporte olímpico, não é diferente. Em Atenas, os espanhóis ficaram em 20º lugar no quadro de medalhas com somente (pasmem!) três ouros. Nós, aqui, tupiniquins do terceiro mundo, amealhamos cinco primeiros lugares. E durante cinco vezes, ouvimos e cantarolamos o hino nacional ou Virandu, como preferem alguns.
Atento a essa “desvantagem”, o presidente do Comitê Olímpico Espanhol, Alejandro Blanco, iniciou uma campanha para que se crie uma letra para a Marcha Real, como é conhecido o hino nacional espanhol.
"Se há oito milhões de pessoas te assistindo pela TV em uma Copa do Mundo, 60 mil no estádio e todos cantam ao mesmo tempo, isso dá uma sensação de união, inclusive de intimidação ao rival”, argumenta Blanco.
A proposta de Blanco, motivada por queixas de atletas, já ganhou força política e, nesta semana, deve ser apresentado um projeto de lei no congresso espanhol para que se crie uma comissão para compôr a letra.
Se o projeto for levado a cabo, os atletas espanhóis não precisarão passar mais pelo constrangimento de ficarem apenas no lalalalarilalá ou com as bocas fechadas, como na foto aí em cima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário