domingo, 23 de dezembro de 2007

Afogando em números

De forma iniesperada consegui folga da redação para disputar a São Silvestre pelo segundo ano consecutivo. Será minha terceira participação na corrida. E, neste ano, venho respaldado por ter corrido minha primeira meia-maratona (a de São Paulo, em 11/3: 2h17min25s), minha primeira prova fora de SP (o revezamento Bertioga-Maresias, em 7/10) e batido minhas marcas pessoais nos 10 km (Corrida Santos Dumont, em 12/10: 50min58s; o recorde de 52min28s durava três anos) e 15 km (Sargento Gonzaguinha, dia 16/12: 1h23min11s, marca anterior, 1h28min25s era da São Silvestre-2006).

Mas não é sobre a satisfação de correr a prova que quero falar. E sim dos números extraordinários da maior corrida de São Silvestre da história. Seremos 20 mil atletas largando da Paulista às 16h45.

Para esse batalhão de gente (a prova só é menor em SP do que a Nike 10k, que teve 25 mil amadores anunciados), haverá, de acordo com os organizadores, um exército de 4.500 pessoas trabalhando. Desses, 3.000 são membros da PM e da Guarda Civil Metropolitana para garantir a segurança (um para cada pouco mais de 6 atletas). Haverá cerca de 250 médicos e enfermeiros de plantão (um para cada 80 atletas) em 15 ambulâncias postadas pelo percurso de 15 km (uma por km).

Além da medalha, os kits que serão distribuídos após a prova conterão um sanduíche, uma garrafa de isotônico e uma barrinha de cereal. Nada mal para repor as energias.

Agora, o dado que me causou mais estranheza foi a respeito da água que será servida aos participantes. De acordo com a divulgação da prova, serão 450 mil copos. Como seremos 20 mil corredores, dá 22,5 copinhos para cada um. Isso porque não contei aqueles que desistirão no meio do caminho, os inscritos que acabam não correndo por lesão ou viagens de Réveillon de última hora e aqueles (como eu e tantos), que não pegam copos em todas as paradas.

Considerando que a média nas corridas é ter uma barraca de água a cada 3 km de prova, e que devo beber mais um na chegada, são seis copinhos. A pergunta que não consigo responder é a seguinte: onde irão parar meus outros 16,5 copos?

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